sexta-feira, 5 de julho de 2013

Carnaval do Animais de Saint Saens

Ontem foi dia de Concerto no Largo de S.Carlos. Apesar de a programação ser mais longa, nós apenas assistimos ao Carnaval do Animais.

Muito, muito giro e aconselho vivamente a ir ver com as crianças (ainda há hoje um apresentação às 20h).

Nota: Não pensem que as crianças estão sempre caladinhas. Há sempre um "Olha mamã um elefante" que irrompe na quietude da plateia, outras vezes uma choraminguice porque não quer esta na cadeirinha ou então um pedido de água (estavam mais de 35ºC). Por vezes, há pessoas do público que olham para nós com um olhar reprovador, não entendem que estão ao ar livre, estão a passar eléctricos e que estes momentos são de relax e de dar a conhecer novas experiências aos mais novos. Eu não me ralo nada, mas se por acaso forem ver, não fiquem incomodados se a vossa criança se expressar mais veementemente ;)

Independentemente das interpretações que se possa fazer a esta peça musical, o que se assiste é um desfile de animais acompanhado pela música e sons dos vários instrumentos da orquestra que melhor os caracterizam.


Assim temos:
 
 1. Introdução e marcha real do leão. Os dois pianos trinam e arpejam; as cordas abrem a marcha do soberbo animal, imitando seus rugidos.
2. Galinhas e galos. Clarinetes, pianos, violinos e viola em um breve trecho à moda de Rameau.
3.
Hémiones (asnos selvagens do Tibet. Animais muito velozes). Em um Presto furioso, os dois pianos lançam-se em escalas de clima de loucura, que jamais se alcançam.
4. Tartaruga. Offenbach está presente aqui com sua obra Orfeu no Inferno. Tocada em andamento extremamente lento perlas cordas, sobre um acompanhamento do piano.
5. O Elefante. O contrabaixo com ornamentos do piano tocam o tema da Dança das sílfides
da Danação de Fausto de Berlioz, com uma alusão ao Scherzo do Sonho de uma noite de verão de Mendelsshon.
6. Cangurus. Os dois pianos saltitam. Eles hesitam, eles param...
7. Aquarium. Flauta, celesta, os dois pianos e as cordas. As flautas dão um sentido de ondas, os pianos um sentido de nadar, a celesta faz parecer gotas de água.
8. Personagens de orelhas longas. Por poucos compassos dois violinos alternam seus diálogos.
9. O Cuco no fundo do bosque. Com o acompanhamento do piano, a terça do cuco é dita e redita pelo clarinete.
10. Viveiro. Uma flauta chilreia com acompanhamento dos pianos e das cordas.
11. Pianistas. São segundo Saint-Saëns verdadeiros animais, e não dos menos barulhentos. Devem imitar o toque de um aluno de piano iniciante, alternado em escalas e terças duplas, com notas desafinadas. As cordas rangem, irritam-se e interrompem o insuportável duo.
12. Fósseis. As antigüidades – uma série de citações que se encadeiam vivamente. A
Dança macabra surge como um leitmotiv do movimento. Outras obras são citadas: Aria da Rosina do barbeiro de Sevilha,Ah! Vous dirai-je maman, Partan pour la Syrie e J’ai du bom tabac.
13. O Cisne. Uma nobre bobagem, segundo o próprio Saint Saëns. O violoncelo toca sobre as harmonia dos pianos. No final ele adormece.
14. Final. Um desfile de toda a bicharada, onde desfilam os principais temas ouvidos durante a obra, inclusive a dos pianistas.
(retirado de
http://repertoriosinfonico.blogspot.pt/2007/08/saint-sans-camile-carnaval-dos-animais.html)

No final, ainda era cedo, acaba por volta das 21h, demos um passeio pelo Chiado. Repleto de pessoas, e de artistas.

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