quinta-feira, 27 de junho de 2013

Criando filhos solidários - 5 ideias para ensinar seu filho a ser solidário


Tenho saudades das noites que saía.
Saía para ir ter com a equipa da Comunidade Vida e Paz e com eles percorrer na volta C as ruas de Lisboa e nessas voltas não dar apenas pão e leite, mas também um pouco de atenção.

Sinto falta daquelas pessoas simples, açoitadas pela vida, que sabiam dizer uma graça, uma piada quando tudo se compunha para a tristeza.

Sim, porque no meio daquela pobreza, haviam pessoas muito, muito ricas. A D.Catarina, velhinha, que carregada de sacos percorria todas as carrinhas em busca de comida e nos dava uns beijinhos repinicados; o senhor que partilhava conosco à noite numa esquina da Almirante Reis os poemas que tinha composto durante a semana; o fanático pelo Sporting que nos mostrava toda a sua colecção de bilhetes de idas ao estádio de Alvalade; a D.Teresa que com o seu cão e o seu gato, fazia tapetes de arroiolos com restos de lãs encostada a um quiosque na Baixa de Lisboa; os miúdos de Arroios que vinham á carrinha porque as mães estavam a trabalhar; o rapaz que tinha sido tratador de cavalos; o senhor que procurava uma perna que lhe servisse; a prostituta anã que procurava roupa para os seus namorados enormes... enfim tantos, tantos que sinto que me deram mais do que eu dei a eles.

Cada minuto que passei naquela carrinha, todas as noites de frio e de chuva e as manhãs sonolentas, foram recompensadas por aquelas pessoas.

Eu tenho a consciência que não posso mudar o Mundo, mas no momento em que conversávamos com aquelas pessoas, ríamos, contávamos piadas e dizíamos graçolas, naquele momento o Mundo deles ficava um pouco melhor.

É esta a mensagem, e a experiência que quero passar para o meu Baby. Ele um dia vai deixar de ser Baby e têm de ter uma atitude solidária. Hoje li no facebook do Serve the City os 5 pequenos gestos que podem contribuir para essa atitude e que gostaria de partilhar comvosco: 

"Estar disposto a ajudar o outro sem esperar muito em troca": o conceito é simples, mas a prática exige abrir mão de ser reconhecido, o que é bastante difícil. Ser solidário não se aprende de um dia para o outro. É um processo que se constrói ao longo da vida. E, quando esse valor é ensinado dentro de casa, desde pequeno, nada mais natural do que vir a tornar-se algo para a vida inteira.

A pedagoga Roseli Helena recomenda cinco pequenos gestos para cultivar no seu filho esse princípio tão precioso....

1. SEJA SOLIDÁRIO – Com as crianças não há outra maneira: o exemplo é o mais eficiente dos ensinamentos e o que mais importa. Por isso, se quer ensinar a solidariedade, pratique-a. É tão simples como isto. Ajude o outro, sem exigir uma recompensa do tipo “eu fiz isto para aquele tipo, agora espero que, no mínimo, ele faça por mim algo parecido ou mais”.

2. ENSINE A REPARTIR – Se vai comer algo, partilhe sempre com o seu filho, em partes iguais. Mesmo que ele prove e, depois, não queira mais. Faça o mesmo quando tiver mais crianças juntas. Compartilhe tudo: alimentos, brinquedos, atenção. Quando há irmãos, aprender a compartilhar, inevitavelmente, fará parte da convivência entre eles. Estimule isso de maneira positiva.

3. SAIBA OUVIR – Escutar, mas escutar a sério, mesmo, não é tão simples como parece. E a maioria das pessoas nem sabe como fazê-lo. Você já percebeu como é difícil prestar atenção a cada palavra de quem está à sua frente? Muitas vezes o nosso corpo pode até estar ali; o nosso olhar também pode estar; mas o coração, não.

4. VALORIZE O QUE É DO OUTRO – Ninguém é perfeito, nem nós. Mas, toda a gente, toda a gente mesmo, tem algo bom que sabe fazer e, até mesmo, que possa ensinar-nos. Sensibilize o olhar do seu filho para que ele consiga reconhecer algo que o outro faça bem. Seja o bolo da avó, o peixe que o pai pescou, o desenho da irmã mais nova, ou a maneira que o porteiro vos acolhe à entrada do prédio.

5. OFEREÇA COISAS EM BOM ESTADO – No Natal ou noutra ocasião qualquer ao longo do ano, é sempre uma boa altura para sermos solidários. Naquela época, por exemplo, algumas famílias costumam doar brinquedos esquecidos pelas crianças da casa. Mas, nunca dê nada – e que isso fique claro para o seu filho – que ele mesmo não gostasse de receber. Ninguém quer receber algo estragado, meio desconchavado ou sujo, não concordam?

in Blog Walmart

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